Nova Zelândia: O pais feminista que vai sediar o mundial feminino de futebol
- domingo, julho 12, 2020
- By Nicole Regiane
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Neozelandesas têm longo histórico de conquistas de direitos e foram as primeiras a terem direito a voto, em 1893
Recentemente anunciada como sede do Mundial Feminino de Futebol em 2023, a Nova Zelândia se destaca na igualdade de direitos das mulheres. A escolha do país para receber um dos mais importantes campeonatos esportivos reforça o tratamento dado à população feminina.
A Nova Zelândia possui cerca de 5 milhões de habitantes, sendo que metade são mulheres. Em 2019, elas já representavam quase metade da força de trabalho neozelandesa, fazendo parte de 48% do total de trabalhadores no país. Apesar desse equilíbrio, a divisão salarial nem sempre foi igualitária entre homens e mulheres. Porém, as neozelandesas vêm conquistando direitos salariais e, desde 1998, a diferença vem decrescendo exponencialmente, tendo já caído 40%.
Também foi o primeiro onde as cinco maiores instâncias de poder já foram ocupadas por mulheres. A Nova Zelândia também é um dos poucos lugares no mundo em que homens e mulheres têm direitos iguais em relação à licença parental: o principal cuidador tem direito a pelo menos 22 semanas de licença.
O país foi, ainda, o primeiro no mundo a conceder direito de voto às mulheres, em 1893. Cem anos depois, em 1993 foi inaugurado na cidade de Christchurch o Kate Sheppard National Memorial, que leva o nome da líder da campanha pelo voto feminino no país.
Diversos outros monumentos e homenagens a mulheres importantes em sua história estão espalhados pelas ilhas norte e sul da Nova Zelândia. Logo na chegada ao país, na saída do terminal internacional do aeroporto de Auckland, por exemplo, é possível visitar a estátua da aviadora Jean Batten, que se tornou a personalidade neozelandesa mais conhecida da década de 1930 devido ao seu recorde de número de voos individuais.
A importância das mulheres cultura maori também não foi esquecida. Na Ilha Norte, o nome da cidade de Whakatane significa, literalmente "agir como homem". A história remonta ao século 12, quando as canoas eram vetadas para as mulheres. No entanto, após os homens partirem, a jovem Wairaka, filha do chefe Toroa, liderou as mulheres em uma canoa para salvá-las e as levou para a costa. Em sua homenagem, existe uma estátua de bronze no local. Já o distrito de Hokianga, no extremo norte, abriga uma estátuade Whina Cooper, famosa líder maori que batalhou pelos direitos de seu povo e das mulheres.
Nos esportes, as mulheres neozelandesas também se destacam. Lydia Ko é a mais nova jogadora profissional de golfe a ser classificada como número um do mundo, aos 17 anos, em 2015. Ela é a golfista mais jovem da história a vencer o Aberto da Mulher da Nova Zelândia e se tornou a mais jovem vencedora de todos os tempos no LPGA Tour - Ladies Professional Golf Association - ao conquistar o Aberto da Austrália em 2012, um título que ganhou novamente em 2013.
Outra promissora atleta da Nova Zelândia é a adolescente Paige Hareb, 30 anos, que se tornou a primeira neozelandesa a se qualificar para o Tour Mundial Feminino da Association of Surfing Professionals (ASP) em 2009, apelidado de Dream Tour.
A Nova Zelândia possui cerca de 5 milhões de habitantes, sendo que metade são mulheres. Em 2019, elas já representavam quase metade da força de trabalho neozelandesa, fazendo parte de 48% do total de trabalhadores no país. Apesar desse equilíbrio, a divisão salarial nem sempre foi igualitária entre homens e mulheres. Porém, as neozelandesas vêm conquistando direitos salariais e, desde 1998, a diferença vem decrescendo exponencialmente, tendo já caído 40%.
Também foi o primeiro onde as cinco maiores instâncias de poder já foram ocupadas por mulheres. A Nova Zelândia também é um dos poucos lugares no mundo em que homens e mulheres têm direitos iguais em relação à licença parental: o principal cuidador tem direito a pelo menos 22 semanas de licença.
O país foi, ainda, o primeiro no mundo a conceder direito de voto às mulheres, em 1893. Cem anos depois, em 1993 foi inaugurado na cidade de Christchurch o Kate Sheppard National Memorial, que leva o nome da líder da campanha pelo voto feminino no país.
Diversos outros monumentos e homenagens a mulheres importantes em sua história estão espalhados pelas ilhas norte e sul da Nova Zelândia. Logo na chegada ao país, na saída do terminal internacional do aeroporto de Auckland, por exemplo, é possível visitar a estátua da aviadora Jean Batten, que se tornou a personalidade neozelandesa mais conhecida da década de 1930 devido ao seu recorde de número de voos individuais.
A importância das mulheres cultura maori também não foi esquecida. Na Ilha Norte, o nome da cidade de Whakatane significa, literalmente "agir como homem". A história remonta ao século 12, quando as canoas eram vetadas para as mulheres. No entanto, após os homens partirem, a jovem Wairaka, filha do chefe Toroa, liderou as mulheres em uma canoa para salvá-las e as levou para a costa. Em sua homenagem, existe uma estátua de bronze no local. Já o distrito de Hokianga, no extremo norte, abriga uma estátuade Whina Cooper, famosa líder maori que batalhou pelos direitos de seu povo e das mulheres.
Nos esportes, as mulheres neozelandesas também se destacam. Lydia Ko é a mais nova jogadora profissional de golfe a ser classificada como número um do mundo, aos 17 anos, em 2015. Ela é a golfista mais jovem da história a vencer o Aberto da Mulher da Nova Zelândia e se tornou a mais jovem vencedora de todos os tempos no LPGA Tour - Ladies Professional Golf Association - ao conquistar o Aberto da Austrália em 2012, um título que ganhou novamente em 2013.
Outra promissora atleta da Nova Zelândia é a adolescente Paige Hareb, 30 anos, que se tornou a primeira neozelandesa a se qualificar para o Tour Mundial Feminino da Association of Surfing Professionals (ASP) em 2009, apelidado de Dream Tour.
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