Artesãs do DF recebem capacitação em seminário sobre novas tecnologias e empoderamento
- quinta-feira, fevereiro 25, 2021
- By Nicole Regiane
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Abertura das Rodas de Conversas contou com a participação de influenciadoras digitais, que desfilaram o artesanato produzido na capital
Depois de promover mais de 30 palestras e oficinas em prol do empreendedorismo feminino na capital, capacitando mulheres que trabalham com o artesanato, o Seminário Mulheres Antenadas na Era Figital: Novas Tecnologias, Empoderamento, inclusão Social e Digital segue em sua última semana com 16 rodas de conversas, ministradas com a participação de especialistas locais. Entre os temas discutidos estão o empreendedorismo jovem, a importância da indústria da moda no DF, o artesanato na economia, a arte enquanto atrativo turístico cultural e o viajante e a Covid-19.
Realizado pelo Instituto Idheas com a co-realização da Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais de Brasília-DF (BPW Brasília-DF) e o apoio da Secretaria de Turismo do DF, a última fase da programação foi aberta na última segunda-feira, 22/2, no Restaurante Mayer Sabores do Brasil, com a presença de convidados e autoridades. Entre elas, Cristiane Britto, secretária Nacional de Políticas para Mulheres; Ericka Filippelli, secretária de Estado da Mulher no DF; a deputada distrital Julia Lucy; a deputada federal Celina Leão; e a Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça.
“O Seminário mostra que é possível construirmos um mundo digno de se viver, quando trabalhamos juntos. Estamos desde o dia 2 de fevereiro fazendo palestras e oficinas de capacitação para as mulheres do nosso DF, orientando na busca do seu desenvolvimento profissional. Aqui elas aprendem desde a precificação até a inclusão do seu produto nas redes sociais, permitindo que cada uma saiba divulgar melhor e vender. E o feedback delas é o que nos comove e nos mostra que estamos atingindo nossos objetivos”, explica Bernardeth Martins, Presidente da BPW Brasília-DF.
Secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça ressalta que o evento chega em boa hora. Além do acolhimento social e de políticas públicas em prol das mulheres, a iniciativa busca ajudar as artesãs a lidar melhor com a atual realidade que o mercado exige: empreendedoras que saibam lidar ao mesmo tempo com eventos físicos e digitais. “Desde o início da nossa gestão, o artesanato vem sendo cuidado com muito carinho pelo nosso Governo como nunca antes. Trabalhamos para proporcionar apoio em estruturação, capacitação e promoção, gerando novas oportunidades de negócios aos mais de 10.800 artesãos que temos cadastrados, todos com sua carteira profissional emitida pela nossa secretaria. E olha que dado incrível: 70% desse número são mulheres. Guerreiras empreendedoras, que vivem de sua arte. O Artesanato é história, identidade e tradição. É trabalho e renda. Para muitos, é transformação e oportunidades, como as que este seminário oferece”, afirma Vanessa.
Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Cristiane Britto também falou sobre a importância do evento neste momento de pandemia. “Estamos preocupadas ainda mais com a situação das mulheres, pois, infelizmente, elas foram as mais prejudicadas com a pandemia, quando muitas perderam seus empregos. Portanto, um evento como este, que valoriza as mulheres artesãs do DF, é de grande importância, envolvendo também a pauta do turismo, que tem tudo a ver com a com elas”, avaliou Cristiane.
Artesanato na passarela
O evento contou ainda com a apresentação de dois desfiles. No primeiro, a marca brasiliense Cirandinha levou para a passarela um desfile inclusivo, enfatizando a importância do tratamento igualitário.
Em seguida foi a vez do Vitrine Viva do Artesanato de Brasília. Nele, 10 influenciadoras digitais da capital federal e uma modelo desfilaram looks produzidos por 12 artesãs, de diferentes regiões do DF, como Recanto das Emas, Arniqueiras, Riacho Fundo, Santa Maria e Cidade Ocidental.
Na passarela, peças originais e inovadoras, como roupas feitas com lacres das latinhas de alumínio, crochê, bordado, acessórios criados com madeira, sementes e prata, além da renda renascença. O desfile contou com direção de Thiago Malva e a curadoria dos looks foi feita pelo produtor de moda Danillo Costa.
Moradora da cidade ocidental, Domingas Oliveira, de 69 anos, foi uma das artesãs que teve suas peças apresentadas no desfile. “Trabalho com crochê há mais de 30 anos e a Secretaria de Turismo tem me ajudado muito na capacitação. Tenho a Carteira Nacional do Artesão e quando tem exposição assim, sempre que eu posso participo. Eu vivo disso e esse apoio do Governo é muito importante”, avaliou Domingas.
A influenciadora Karl Jeanneth desfilou um look de renda renascença e elogiou o trabalho feito pelas artistas brasilienses. “Fiquei muito feliz em ver que temos, em nossa capital, artesãs fazendo um trabalho com tanta qualidade, em material tão delicado, como as rendas renascenças, arte que encanta o mundo todo. Foi uma honra contribuir e apresentar as peças”, disse Karl.
Participante do BBB 17, a empresária e influenciadora digital Elis Nair desfilou um vestido bordado com ipês coloridos e registrou a importância da iniciativa para o empoderamento e a visibilidade do trabalho que as artesãs vêm realizando no DF. “Minha história de vida emociona. De empregada doméstica, com muito orgulho, me tornei empresária. E posso afirmar que iniciativas como esta nos incentiva a sair da zona de conforto. Por isso, fico muito feliz em participar. O artesanato é uma oportunidade e um evento como este, sem dúvida, contribui para mostrar o que é produzido em Brasília para o mundo, já que as redes sociais são vitrines internacionais”, concluiu.
Confira a lista das artesãs que tiveram peças no desfile:
Chica Rosa (roupas e acessórios feitos com lacre de latinhas de alumínio); Eliana Costa, (joias); Elinalva Henrique (roupas feitas com pedras preciosas); Lúcia Ferreira (acessórios de crochê); Mãos Criativas (loja colaborativa de artesanato); Domingas Oliveira (Crochê); Maria Cleonice de Araújo (renda renascença); Mariane Bueno (bordado); Nancy Moura (crochê); Histeria Afro (acessórios de corda); Suzana Rodrigues (acessórios feitos com materiais naturais e reciclados); e a mestre artesã Fátima Rodrigues, que trabalha com a iconografia do cerrado, contando a história de Brasília por meio de seus bordados.
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