5 Tendências para imigração e viagens pelo mundo no pós-pandemia
- quinta-feira, abril 08, 2021
- By Nicole Regiane
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Novo normal chega com mais oportunidades para imigrantes, empresários e profissionais qualificados.
A
pandemia da Covid-19 redefiniu os rumos do século XXI, e embora o mundo vá aos
poucos se recuperando, seus efeitos ainda serão sentidos por muito tempo.
Devido ao vírus, diversas restrições foram implementadas pelos países nos
últimos 12 meses, muitas delas, limitando ou até mesmo barrando a entrada de
estrangeiros vindo de regiões consideradas focos mundiais da pandemia (como no
caso dos EUA que desde maio de 2020 tem restringido voos diretos do
Brasil).
Agora,
com a possibilidade de o planeta começar a volta ao normal, ou pelo menos do
“novo normal”, já se especula o que será dos próximos anos em relação a
imigração e viagens internacionais. A AG Immigration, considerado um dos
principais escritórios de imigração dos Estados Unidos, conduziu uma pesquisa e
separou 5 tendências sobre estes assuntos:
1.Imigração para os Estados Unidos baterá todos os recordes – Os EUA passaram os
4 anos anteriores projetando uma imagem dúbia de que imigrantes não eram mais
desejados na América. Esta concepção enganosa, porém, já faz parte do passado.
Com
o início do governo Biden, que desde sua posse em janeiro já criou ou reativou
diversas medidas pró-imigrantes, existe hoje uma onda de otimismo em relação ao
futuro da imigração no país. O polêmico projeto de anistia defendido por Biden,
que se aprovado, pode legalizar até 11 milhões de pessoas atualmente
indocumentadas nos EUA, é mais um indício da preocupação da administração atual
com a questão da imigração.
Mas
a grande notícia para quem pensa em um dia morar e trabalhar em definitivo nos
EUA com um green card é a recente decisão das autoridades americanas em
aumentar a cota anual de vistos de imigrantes para estrangeiros qualificados
com base em suas carreiras, oportunidades de emprego ou investimento. 260 mil
vistos americanos para estas categorias estão disponíveis em 2021, quase o
dobro de 2020, quando 140 mil vistos de imigrantes foram aprovados.
“Com
mais green cards a disposição, um governo pró-imigrantes e o país precisando de
investimentos e da mão-de-obra de profissionais e empresários estrangeiros para
se recuperar dos efeitos da pandemia, a tendência é que os EUA apresentem um
crescimento recorde em todos os índices de imigração, algo que certamente virá
acompanhado de excelentes oportunidades profissionais para quem decidir se
aventurar no mercado de trabalho mais valorizado do mundo” – comentou o Dr.
Felipe Alexandre, advogado americano/brasileiro de imigração e fundador da AG
Immigration.
2. Vistos para Investidores internacionais voltarão a ganhar
força em diversos países – Historicamente, quando um país encontra-se em fase de
recuperação após uma guerra, desastres naturais ou uma pandemia, uma das
grandes receitas para a melhoria da economia é
facilitar a chegada de capital e investimentos estrangeiros, principalmente
aqueles que visam a criação de novos negócios e geração de empregos.
Esta
prática já está sendo adotada por diversos países afetados pela covid-19.
Portugal, por exemplo, voltou a disponibilizar vistos para investidores que
desejam comprar imóveis oferecendo em troca o direito de residir no país.
Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Canadá também
possuem programas semelhantes, mas com benefícios que vão além da moradia,
incluindo isenção de determinados impostos e até mesmo ajuda financeira do
governo para que um investidor estrangeiro possa montar uma empresa no novo
país.
Nos
EUA, o visto EB-5 sempre foi um dos mais cobiçados por quem deseja empreender na
América. Entretanto, seu alto valor (de 900 mil a 1,8 milhões de dólares) acaba
afastando muitos candidatos. Porém, o Dr. Felipe Alexandre explica que outras
opções de vistos para investimentos nos EUA estão disponíveis: “Existem vistos bem mais em conta, como
o E-2 (restrito apenas para investidores de alguns países) e os vistos EB-1 e
EB-2, ambos voltados para a concessão de green cards para estrangeiros
qualificados por suas carreiras de sucesso que desejam contribuir com o mercado
de trabalho americano. Muitos brasileiros se qualificam para estes vistos, que
tem se tornado cada vez mais populares nos Estados Unidos”.
3. Compra de nacionalidades será cada vez mais frequente – Uma das grandes
novidades da imigração mundial nos últimos 10 anos tem sido a possibilidade de
“comprar” uma nacionalidade estrangeira. Atualmente, 24 países já oferecem esta
possibilidade, incluindo os Emirados Árabes, Qatar, Granada, Dominica,
Bermudas, Camboja, Malta, Cingapura, entre outros, e a tendência é que mais
países adotem esta política nos próximos anos.
De
forma geral, o candidato interessado precisa desembolsar quantias “faraônicas”
para obterem a nacionalidade e passaporte destes países. Em Cingapura, por
exemplo, os gastos para a compra da cidadania podem ultrapassar o equivalente a
2 milhões de dólares, enquanto para obter o passaporte dos Emirados Árabes os
valores podem chegar a quase 4 milhões de dólares. Os termos relacionados a
compra de cidadania irão variar de acordo com o país, e alguns exigirão que
parte do dinheiro seja direcionado para investimentos nacionais, enquanto
outros simplesmente deverão depositar a quantia estipulada nos cofres do
governo.
“Um
dos grandes motivadores que levam alguém a comprar cidadanias tão caras é a
possibilidade de fazer parte de determinados mercados no mundo que só estão
disponíveis para algumas nacionalidades. Um passaporte do Camboja, por
exemplo, permite a seu portador estabelecer negócios no Sudeste Asiático,
enquanto a nacionalidade dos Emirados Árabes permite acesso a determinados
tratados comerciais exclusivos no Oriente Médio” – ressaltou o Dr.
Felipe Alexandre.
4. Retorno das viagens a turismo - A indústria do
turismo representa cerca de 2.5% do PIB mundial, e está entre as mais
importantes e lucrativas do planeta. Entretanto, com a chegada da pandemia da
Covid-19, todos os indicadores de turismo caíram vertiginosamente, gerando
grave prejuízo e demissões.
“Para
se ter uma ideia, o turismo nos Estados Unidos em 2019 gerou 712 bilhões de
dólares, enquanto em 2020, devido a pandemia, este número diminuiu para 396,37
bilhões. Uma queda de 42.1%. Em menores proporções o mesmo problema aconteceu
nos grandes centros mundiais de turismo” – pontuou Rodrigo Costa, especialista em
investimentos e CEO da AG Immigration.
Com
a possibilidade do controle da pandemia e maioria da população mundial
vacinada, a indústria do turismo aguarda ansiosa para este ano ainda voltar a
ter lucro, e já se prepara para uma procura recorde por viajantes
internacionais.
5. Mercado de trabalho se tornará cada vez mais globalizado e
interessante para profissionais de TI – Durante a pandemia o setor que mais
cresceu no mundo foi o da tecnologia. Impedidos de se deslocarem fisicamente
para o trabalho, milhões de trabalhadores e empresários tiveram que se
acostumar com o “home office” e com as novas tecnologias de comunicação
telefônica e online. Estima-se que as consultas e reuniões de vídeo, por
exemplo, já são realidade em 30% de todos os negócios do mundo. Nos últimos 12
meses pudemos acompanhar uma revolução digital que, sem a pandemia, demoraria
anos para acontecer.
“Diante
deste novo cenário, profissionais de TI – Tecnologia da Informação – passaram a
ser cada vez mais valorizados no mercado, principalmente os desenvolvedores de
softwares e de inovações. A tendência para os próximos anos é que profissionais
bem qualificados nestas áreas sejam disputados por diversos países, com muitas
oportunidades interessantes de trabalho e imigração” – completou Rodrigo
Costa, que também é especialista em mercado de trabalho americano.
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