Mitologia do Ceifador é desmistificada em dorama nacional
- quarta-feira, setembro 08, 2021
- By Nicole Regiane
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Escrito por Katherine Laura, o romance "Um Coreano em Minha Vida" ultrapassa as barreiras da morte e apresenta a necromancia de forma inusitada
Um amor com destino trágico, perdas, desencontros, desavenças, seres místicos e a habilidade de falar com quem já partiu. Estes são alguns elementos que circundam a história dos personagens da obra Um Coreano em Minha Vida, um dorama nacional escrito por Elizandra Zanetti sob o pseudônimo de Katherine Laura Leighton.
Baseado na Mitologia do Ceifador e na necromancia, o romance trata com leveza, por meio da inocência de uma criança, as lendas comuns da cultura coreana. A autora também desmistifica a morte e a traz com uma visão humanizada, simbolizando-a na figura do ceifador Gael que não usa foice e nem roupas pretas.
Um Coreano em Minha Vida marca a trajetória de Elleanor, uma jovem paulistana com uma habilidade incomum: ver os mortos. O enredo envolve um segundo personagem, Park Jae Young, um garoto coreano que passou por perdas demais para a sua pouca idade, e ainda precisa se acostumar com uma cultura totalmente diferente ao se mudar para o Brasil.
"Estamos acostumados a falar da morte de outra pessoa, algo que parece distante de nós e irreal, como se nunca fosse nos acontecer e, embora este seja o meu real estado, continua tão factível, impossível! Ao menos por enquanto." (Um Coreano em Minha Vida, p. 259)
Com as vidas cruzadas ainda na infância, o casal cria um forte laço de amizade e amor. Mas uma série de conflitos faz com que Park volte para a sua cidade natal em Seul, capital da Coreia do Sul. O reencontro acontece depois de 23 anos, quando ele retorna para ajudar o irmão, mas o que ele não esperava era a volta da antiga paixão entre ele e Elleanor. No entanto, nada será como antes. Um acidente promete separar para sempre a vida dos protagonistas, mas será que o amor pode vencer a guerra contra o destino?
Com uma escrita repleta de lições sobre sentimentos e traumas, o leitor conhece a outra face da morte. Aqui o ceifador se comove com as emoções humanas e usa suas habilidades místicas para ajudar a necromante Elleanor numa jornada perigosa.
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